Carta aberta a Cristiano Ronaldo
[Pedi licença aos meus amigos donos deste blogue para escrever esta carta, cujo conteúdo sei à partida, eles estarem de acordo. De qualquer forma, obrigado Foot e Ball.]
Olá Cristiano,
Não vou estar com meias palavras: tu és o português mais importante de sempre!
Tiveste um azar na vida, ter nascido em Portugal. Esta terra, outrora grande, tem-se vindo a deixar consumir pelos pequeninos, por aqueles que pouco ou nada são. Em vez de engrandecerem aquilo que de melhor nós, Portugal, temos, insistem em rebaixar e achincalhar aquele que é o nosso maior símbolo.
A inveja não é coisa nova neste país, mas, como nunca tinha havido ninguém tão grande como tu, essa inveja exponenciou-se e elevou-se a níveis que roçam o ridículo, o absurdo. No íntimo, essas pessoas sabem que, quando todos nós tivermos morrido, daqui a 500 anos, deles ninguém falará, ninguém se lembrará pois terão desaparecido na poeira dos tempos, enquanto tu continuarás a existir porque na história prevalecem os melhores e tu fazes parte desse restrito grupo.
É também triste que quem diz que não liga ao futebol, nestas alturas em que ele nos entra diariamente em casa, essas pessoas se manifestem, geralmente atacando-te. Ou é pelo golo que falhaste, ou é pelo que dizes, ou o mais habitual, pelo teu dinheiro. És um alvo fácil para os invejosos.
Hoje li que a tua mãe disse: “Quem me dera que o nosso povo pensasse grande… Seguramente teríamos mais campeões como tu.”.
A Dona Dolores tem toda a razão, pois, como disse no início desta carta, a maior parte do povo português é e pensa pequenino. Só discordo dela quando diz que, se fossemos diferentes teríamos mais campeões como tu. Não, não teríamos. Tu és único no que fazes e no que és, aqui ou em qualquer outra parte do mundo. A diferença está em que, se pensássemos grande, daríamos valor ao facto deste pequeno país ter gerado um filho maior do que o próprio país.
E agora, muitos daqueles que lerem isto irão dizer que fui longe demais. Não é verdade. Olhemos para o que a História nos ensina e depressa perceberemos que os nomes dos seres humanos excepcionais que existiram no passado, continuam vivos hoje, ao passo que muitos dos países em que viverem, já não existem. Tudo desaparece: instituições, clubes, países... tudo menos os seres humanos geniais. Tu já ganhaste a imortalidade.
Eu próprio, atento seguidor e amante do fenómeno futebol, fiquei atónito com as reportagens feitas no Catar com os que vão ver os teus jogos. Em número, são mais do que os portugueses e chegam dos 4 cantos do mundo, até de lugares em que o futebol não tem expressão. À inevitável pergunta dos nossos jornalistas, se vêm para ver Portugal, respondem um sim pouco convencido e perante a insistência, berram bem alto ao que vêm: Cristiano Ronaldo! Dizem o teu nome com as mais variadas pronuncias, mas todos querem o mesmo: CR7, o único... o Cristiano Ronaldo.
Porque estás habituado à grandeza, talvez nem dês conta do que já conseguiste. Mandam-nos com um número, 500 milhões de seguidores no Instagram, mas não explicam duas coisas: a população do país mais poderoso do mundo, os USA, são cerca de 300 milhões. Já a ultrapassaste há muito e um dia destes dobrarás esse número. No entanto, glorifico ainda mais ao dizer que os teus 500 milhões não estão localizados num único país. São globais. São universais!
Vou terminar e confesso que nem sei bem como. Desejo-te o melhor, é óbvio. Embora tenha dúvidas porque o teu superior hierárquico é uma alma pequenina, espero que finalmente sejas campeão do mundo de futebol. Caso não aconteça, não faz mal porque, e é o único pedido que te faço, nunca te esqueças que... tu és maior do que o próprio futebol!
Com admiração e amizade,
Rui Barroso
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